samedi 6 octobre 2012

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dimanche 9 septembre 2012

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samedi 11 août 2012

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Detesto os sábados depressivos.

Sem mais.

jeudi 12 avril 2012

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Leituras do ano (até agora) - sem ordem de preferência:

- Os passos em volta - Herberto Helder
- Bolor - Augusto Abelaira
- Diário, vol. 1 - Miguel Torga
- Bichos - Miguel Torga
- A viagem vertical - Enrique Vila-Matas
- Bartleby e companhia - Enrique Vila-Matas
- Dublinesca - Enrique Vila-Matas
- O mal de Montano - Enrique Vila-Matas
- Suicídios Exemplares - Enrique Vila-Matas
- A ilha no espaço - Osman Lins
- Inventário do Irremediável - Caio Fernando Abreu
- A rainha dos cárceres da Grécia - Osman Lins
- Nove, novena - Osman Lins
- Kaos - Ruben A.
- Ovelhas negras - Caio Fernando Abreu
- Na casa de julho e agosto - Maria Gabriela Llansol
- Outrora agora - Augusto Abelaira
- O rosto de deus - Ana Teresa Pereira
- Jerusalém - Gonçalo Pereira
- O ponto de vista dos demônios - Ana Teresa Pereira
- Matéria de memória - Carlos Heitor Cony
- Acenos e afagos - João Gilberto Noll
- Anjo negro - Antônio Tabucchi
- A morte de Ricardo Reis - José Saramago
- O Guarani - José de Alencar
- Lucíola - José de Alencar
- Antônio José - Gonçalves de Magalhães
- Leonor de Magalhães - Gonçalves Dias
- Vertigem - José Eduardo Gonçalves
- Cahiers - Paul Valéry
- A cidade ausente - Ricardo Piglia
- Um modelo para a morte - Jorge Luis Borges
- A cabeça perdida de Damasceno Monteiro - Antônio Tabucchi
- Inferno - Auguste Strindberg
- Wasabi - Alan Pauls
- Diário da guerra do porco - Adolfo Bioy Casares
- Fragmentos de um discurso amoroso - Roland Barthes
- Macbeth - William Shakespeare
- Bartleby - Herman Melville
- The Bluest Eye - Toni Morrison
- The Book of Daniel - E. L. Doctorow
- A Ninfa Inconstante - Guillermo Cabrera Infante
- Alguma Prosa - Fernando Pessoa
- The Great Gatsby - F. Scott Fitzgerald
- Pesadelo em Ar Condicionado - Henry Miller
- Seus 30 Melhores Contos - Machado de Assis

Tem mais um ou dois que nem sei mais quais são. Mas, por enquanto é isso. Bastante produtivo para quatro meses de 2012.

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Sou uma pessoa em estado de plena felicidade momentânea. Digo momentânea, porque na minha vida tudo tende a mudar de uma hora para a outra, de um jeito meio maluco que nem eu mesma entendo, mas que acabo adaptando e fazendo com que se ajeite ao meu jeito louco de viver. Não tenho como escapar disso. É sempre assim e meio que me acostumei a ser assim. Esse vai e vem maluco. 

Fazia muito tempo que não vinha aqui. Na verdade, tenho ocupado minha vida ao extremo, então não tenho tido muito tempo para ficar na internet. Ao mesmo tempo, acho que todo mundo coloca esse tipo de justificativas em blogs. É sempre a mesma pataquada. Ainda assim, vim aqui especialmente hoje, para dizer que encontrei os Diários do Kafka. Estava andando no shopping, sem a menor intenção de comprar livros, mas entrei na Cultura assim mesmo. E ele estava lá. Com a capa amassada, mas, ainda assim, os diários do Kafka. Pelo tamanho da letra, vai ser leitura para mais de meses. 

dimanche 18 mars 2012

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É sempre, sempre, sempre esta sua falta de palavras, de movimentos, que me impele em sua direção, inevitavelmente, de encontro a esse seu corpo duro e impenetrável, que me repele e me joga de volta à minha esfera, à minha parca habilidade de viver sem você. Esses seus olhos, que tem o contorno de tudo o que desconheço, principalmente, confesso, porque não me lembro mais deles, não me lembro do arco de suas sobrancelhas, nem do vinco embaixo de seus lábios. É sempre, sempre, sempre esse meu excesso de vontade, essa necessidade por algo que escapa às minhas sempre tão exatas definições que me traz, mais uma vez, esse fantasma, esse eco da sua presença, que sempre se esvai em sua falta de concretude, mas que persiste ao meu redor, aqui dentro, dos lugares dos quais você nunca se foi.

dimanche 11 mars 2012

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Será que funciona?

 
(Leonard Cohen - Always)

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Enviei esta

(The Smiths - Please, please, please, let me get what I want)
E recebi esta 

(Nick Cave and the Bad Seeds - Ain't Gonna Rain Anymore)

mardi 6 mars 2012

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Recebi esta

(The National - Cherry Tree)

E enviei esta


(A Flock of Seagulls - Wishing (I Had a Photograph of You)

mardi 22 novembre 2011

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Existem pequenos amores que eu requento, que eu adiciono um pouco de alho e cebola e refogo demoradamente, para poder dar um pouco mais de gosto. Não me orgulho disso. Aliás, me envergonho de alguns, porque me fazem sofrer mais do que me dão qualquer tipo de alegria. Ainda assim, muitas vezes peço aos meus deuses que façam com que eu apareça para eles em sonho, que é para eu poder trazê-los um pouco mais perto de mim. Afinal de contas, eu sou aquele tipo de pessoa que poderia perdoar tudo e que, no fundo, gostaria de ter essa oportunidade. Sou emocional and I have a penchant por coisas do gênero, por grandes reuniões, por grandes resoluções de problemas. Ainda assim, sei que essas coisas só acontecem em comédias românticas hollywoodianas. O que tenho mais a fazer, e isso me entristece, é andar pra frente e pensar em novos planos, novas coisas, novas pessoas. Ainda que uma delas vá sempre permanecer, tiranicamente, enfiada em minha alma. E uma outra filha da puta também, só que clandestinamente. Acho que as coisas que não terminam realmente sempre criam esse tipo de trauma, persistência, insistência. Deve ser alguma coisa assim. Pensando assim, pelo menos eu ainda tenho alguma esperança de ser normal. É um pouco reconfortante. 

samedi 12 novembre 2011

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Gubaidulina - Cello Concerto No. 2

dimanche 6 novembre 2011

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Assisti esses dias. Essa é uma das melhores músicas do universo. Ponto.  (A Pele que Habito)

dimanche 30 octobre 2011

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Não fujo. Apenas me ocupo em outras paragens. Às vezes, as coisas tendem a atropelar o meu espírito, então me deixo, atônita, a olhar para os cantos e tentar prover algum sentido a uma realidade tão insólita. Eu ainda espero minha carona, espero ir parar bem ali, naquele lugar que sempre quis. E, por mais que eu não queira, alguns lugares são realmente o Peugeot, e me levam para onde eu desejo estar. Se não só lugares, mas olhares, cheiros, pequenos gestos. Mãos descansando sobre os canos do metrô. Pés embaixo das mesas. Pequenas coisas. E isso sim, isso sim, me faz viva. 

Não ando me preocupando ultimamente com Salomé. Para o diabo com ela. Com ela e com toda aquela corja ordinária. Oh, grande pulha, comedora de cunhadas. Não me vejo mais nessa mesquinharia. O que me importa agora são os meus cartões postais e o meu quadro de cortiça. Também sinto falta das fotos que antes colocava aqui, dos meus ídolos, de minhas pequenas caronas durante o dia. Botei então Oscar Wilde, que é uma pequena salvação.

Sem mais.

samedi 29 octobre 2011

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mardi 18 octobre 2011

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lundi 3 octobre 2011

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Há dias em que eu realmente me torturo e me deixo ficar, largada pelos cantos, com os olhos fundos, profundamente tocada por alguma coisa do passado que, realmente, me foi muito cara e não mais posso tocar. Esses dias de melancolia extrema costumam acabar comigo. É o corpo pedindo, falando, tentando expressar alguma coisa na qual não quero acreditar. E não acredito, simplesmente, porque não há razão nenhuma para tal. Seria como continuar insistindo no absurdo, mas não o absurdo surrealista, simplesmente o absurdo do errado, daquilo tudo que já me fez sofrer por tantas vezes. Ainda assim, o saudosismo nunca realmente me deixa em paz, especialmente nos domingos, dias sempre tão cheios de atividades mundanas, que não colocam nenhum fogo em minha barriga. 

Não posso reclamar. O fogo ainda existe, só que agora é direcionado em outras direções. Ainda assim, ainda assim, eu sinto falta daquelas sensações, com certas pessoas em específico. Acho que não há como fugir disso. As pessoas ficam mais velhas e tudo o que resta é olhar para o passado, para tudo aquilo ao qual renunciamos, suspirar e, quem sabe, sonhar com algum mundo paralelo em que as coisas ainda são possíveis. 

Talvez. Quem sabe um dia?

mardi 20 septembre 2011

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O que fazer quando tudo grita ao meu redor? Fico presa a uma necessidade louca de conhecimento, de entender, de possuir os objetos que me cercam. Fico presa no mundo palpável, enquanto poderia me perder em tudo que ultrapassa o conhecimento. Por que fui nascer tão cartesiana?

samedi 17 septembre 2011

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Eu pensei. Ah, como eu pensei. Eu tentei imaginar as vezes em que conseguiria apunhalar seu coração, pensei, sim. Eu, cuidadosamente, calculei as formas com que destroçaria seu coração, pequeno coração duro e morto, sobre o qual você havia versado e eu nunca acreditado. Imaginei e ponderei, amaldiçoei sua carne, sua alma, amaldiçoei seu presente e seu futuro, seus pensamentos. Eu não tive a menor dúvida e a menor dó, eu devotei a você grande parte de minha força, de meu ódio, de meus pensamentos, durante tanto, tanto tempo. Tanto tempo. Havia algo dentro de mim, um germe que me comia as entranhas, que fazia com que eu simplesmente não conseguisse sair desse círculo vicioso, que eu me mantivesse nessa espiral, fosse ela para onde fosse. 

Mas, de um dia para o outro, passou. Do mesmo jeito que a gente para de amar alguém, acordei e passou. Passou mesmo. 

Durma tranquila. 

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Ana C.

Outra vez nos braços do amor perdido. 
Sempre o declive. 
Sempre a vertigem. 
Ás vezes o abismo. 
Posso inflar 
as velas de outra imagem 
e assim navegar teus canais azulados, 
minha lúcida amiga. 
No céu-da-boca desta manhã 
fica apenas um risco: 
relâmpago longo como o olhar. 
Luz. Outra luz. Louca luz. 
O mesmo anjo que beija tua orelha fina
 invade o cinema como um vento fictício 
e rabisca cicatrizes bem legíveis
no coração deserto do meio-dia.

 - Eudoro Augusto

vendredi 16 septembre 2011

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Passei dias e dias pensando a respeito da vida. Passei dias e dias mergulhada em uma depressão horrível, tentando entender os porquês e os comos, só para me ver ainda mais frustrada do que estava no momento anterior. É que os olhos, na maioria das vezes, não estão acostumados com o incrível e o mágico. Nós precisamos entender a realidade para que possamos nos apossar dela. Para que possa se tornar nossa. Mas não é isso o que desejo, sinceramente. Eu desejo o sonho e desejo o surreal. Eu desejo tudo aquilo que não entendo, tudo que é mágico. Desejo subverter minha própria realidade, desejo Eros, desejo tudo o que me negaram, tudo o que eu me recusava a ver. Desejo tudo isso. E não quero mais ter que me preocupar com regras ou com satisfações. Quero satisfação, a minha, e mais nenhuma. Nada. Nenhuma. Só. 

Estou cansada de fugir dos amigos, de inventar desculpas. Eu quero (e posso) criar minha própria realidade, que será linda e torta, exatamente do jeito que eu quiser que seja. Porque sou deusa de meu próprio mundo e, tendo dado a mim mesma este título, faço a luz quando quiser e tiro uma semana de folga se pensar que é apropriado.

Fiat lux.