samedi 24 février 2007

FÊMEA

o meu amado apagou o candeeiro
e apagou a sua amargura no meu corpo
e despertou a sua tristeza, derramou seus olhos no meu sonho
e me despertou.
estendeu sua asa destroçada à minha volta
e abraçou-me.
murmurou sua voz melodiosa ao meu ouvido,
embalando-me
sobre a ramaria das suas lágrimas misturadas,
e quando conseguiu de mim o que desejava
soltou-me
e, a meu lado, adormeceu, enquanto a tarde seu manto recolhia
para que, de manhã, nascesse outra amargura
e nascesse
um desejo na noite que impelisse o peito do meu amado
a apagá-lo sobre o meu corpo
.

Salah Abd Al-Sabur
(Trad: Adalberto Alves)

Aucun commentaire: