É sempre, sempre, sempre esta sua falta de palavras, de movimentos, que me impele em sua direção, inevitavelmente, de encontro a esse seu corpo duro e impenetrável, que me repele e me joga de volta à minha esfera, à minha parca habilidade de viver sem você. Esses seus olhos, que tem o contorno de tudo o que desconheço, principalmente, confesso, porque não me lembro mais deles, não me lembro do arco de suas sobrancelhas, nem do vinco embaixo de seus lábios. É sempre, sempre, sempre esse meu excesso de vontade, essa necessidade por algo que escapa às minhas sempre tão exatas definições que me traz, mais uma vez, esse fantasma, esse eco da sua presença, que sempre se esvai em sua falta de concretude, mas que persiste ao meu redor, aqui dentro, dos lugares dos quais você nunca se foi.
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